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Fenasps repudia falas de Bolsonaro contra presidente da OAB e indígenas

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A Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS) repudia veementemente as declarações absurdas e antidemocráticas feitas por Jair Bolsonaro nessa segunda-feira, 29 de julho. Primeiro, ferindo a honra do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dr Felipe Santa Cruz, que teve seu pai desaparecido durante a ditadura militar, Bolsonaro afirmou que "se ele [Santa Cruz] quiser saber onde está o pai dele, eu conto pra ele". Felipe Santa Cruz, em carta pública, afirmou que Bolsonaro, com esta declaração, mais uma vez mostra sua face cruel e sua falta de empatia, destacando que o presidente não sabe separar "o que é público do privado". Como se isso não fosse o bastante, Bolsonaro, também nessa segunda, 29, afirmou que "não há indícios fortes" de que o cacique indígena Emyra Waiãpi tenha sido assassinado em conflitos registrados na última semana em uma reserva no Amapá. Tal ilação vai de encontro a documentos de servidores da Funai, nos quais afirmam que cerca de 15 garimpeiros invasores passaram uma noite na aldeia Yvytotõ de forma "impositiva" e "de posse de armas de fogo de grosso calibre". Além de mentirosas e agressivas, essas declarações estapafúrdias ajudam a evidenciar o caráter autoritário e o total despreparo para ocupar o cargo mais alto da república brasileira. Elas revelam ainda uma abjeta, extremamente grave e preocupante, maneira de governar, com profundo desrespeito à Constituição Federal, aos brasileiros e brasileiras e às instituições democráticas. Infelizmente, o Brasil atravessa mais um período nebuloso em sua história, na qual a verborragia fascista torna-se lugar-comum entre os integrantes deste governo. A Fenasps repudia veementemente a omissão das demais autoridades do Legislativo e do Judiciário que, ao assumirem o silêncio sepulcral em relação a esses crescentes abusos, tornam-se cúmplices deste (des)governo. Diretoria Colegiada da FENASPS