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Fenasps e Sintsprevs-PI reafirmam defesa do SUS na Conferência Nacional de Saúde

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Com tema "Democracia e Saúde", a 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8) foi iniciada nesse domingo, 4 de agosto, em Brasília. O evento, cujo objetivo é reafirmar, impulsionar e efetivar os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) para garantir a saúde como direito humano e a sua universalidade, integralidade e equidade, contou, em sua abertura, com a participação da Fenasps, representada pelos sindicatos estaduais de MG, PA, PR, PI, RS, SC, SP e das oposições sindicais de BA e DF. Do Piauí participam 68 delegados e 15 convidados. Durante a conferência – uma iniciativa do Conselho Nacional de Saúde (CNS) –, bem como em todos os espaços de debate, a Fenasps reafirma sua luta em defesa do SUS, defendendo-o como um sistema público, solidário, universal e sem intervenção de Organizações Sociais (OSs), um braço do capital privado dentro deste sistema. Na abertura da 16ª conferência, a federação mais uma vez ratificou posição para que os trabalhadores(as) e entidades não podem deixar o SUS morrer! Antes mesmo da cerimônia de abertura, ocorrida às 18h, os trabalhos da conferência foram abertos com a primeira mesa de debate, sobre a "Saúde como direito", organizada por Neilton de Oliveira, da mesa diretora do CNS, que contou com exposição do professor da UFRJ, Emerson Merhy, a líder da comunidade quilombola da Serra da Guia, em Poço Redondo/SE, Josefa da Guia, e a deputada federal (PCdoB/RJ), Jandira Feghali. Milhares de trabalhadores vaiam Ministro da Saúde Após o debate inicial, foram convidadas a compor a mesa de abertura uma série de autoridades do setor, dentre elas o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, o coordenador adjunto da 16ª Conferência, Ronald Ferreira, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Socorro Gross, Willames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Alberto Beltrame, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a parlamentar titular da Subcomissão Permanente da Saúde na Câmara dos Deputados, Carmem Zanotto (Cidadania/SC) e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Mandetta, foi amplamente vaiado pela maioria dos cinco mil delegados(as) e convidados(as) presentes na abertura da conferência, diante de um discurso inconsistente e vazio. Ao desejar que o evento seja capaz de "tornar o sistema de saúde brasileiro cada vez mais íntegro, equânime e solidário", ele desconsidera a política de ajuste fiscal do governo Bolsonaro, a estagnação de investimentos no SUS, principalmente após a EC n° 95, e outras medidas do atual governo, como a suspensão da produção de remédios gratuitos, que afetam de forma crítica aqueles que dependem da saúde pública. Além disso, Mandetta ignora completamente a exclusão, e inclusive ataques direitos como demonstram as declarações do próprio presidente, aos setores mais carentes de políticas básicas de saúde: pobres, negros(as), LGBTI’s e indígenas. Por isso, além das insistentes vaias, o ministro ouviu um coro de milhares de pessoas o chamando de fascista e racista.