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Governo prepara pacote de maldades contra servidores

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O governo Bolsonaro contratou o Banco Mundial para embasar o seu projeto neoliberal que pretende encolher ainda mais os serviços públicos brasileiros. Os estudos feitos pelo Banco Mundial estão servindo para justificar a PEC da reforma administrativa que prevê: o fim da estabilidade, fim dos concursos públicas, da política salarial e redução da máquina pública, com ampliação da terceirização em todas as áreas. Um dos argumentos do governo é que os trabalhadores da iniciativa privada ganham 19% a menos do que os servidores públicos. Para Inácio Schuck, diretor do Sintsprevs-PI e Conselheiro de Saúde, os trabalhadores da iniciativa privada no Brasil ganham muito mal em relação aos países da Europa e Estados Unidos, inclusive da América do Sul, isso devido à falta de investimentos não só do Estado Brasileiro, mais também do empresariado que paga mal e não promove qualificação, isso porque teria que pagar salários melhores”. “Um outro argumento do governo que sempre foi teve apoio da mídia conservadora, é de que a máquina pública brasileira é inchada e tem custos altos. Isso é uma mentira descarada, pois o Brasil é um dos poucos países do mundo que tem o menor índice de servidores públicos federais em relação a sua população economicamente ativa”. O custo da folha de pagamento dos servidores federais atualmente é de apenas 28% da receita líquida da União e isso está longe do que prega a Lei de Responsabilidade Fiscal, que prevê gastos com pessoal de até 60%. “Está na hora de acabar com a satanização dos servidores públicos, principalmente do governo e da mídia sustentada pelos interesses do mercado, que a todo custo vende essa ideia de que serviço público não funciona e tudo deve ser privatizado”. Um outro dado do Banco Mundial revela uma grande distorção na progressão onde se analisa a porcentagem de funcionários de determinados órgãos que já chegaram ao topo. 98% dos servidores da Defesa estão nesse último degrau. Entre os da área judiciária, são 78,2%. Os menores índices estão entre os professores de ensino superior (2,9%), os funcionários de agências reguladoras (3,3%) e os médicos que trabalham em universidades (4%). Schuck avalia que esses dados da progressão mostra uma contradição. “É até injusto culpar os servidores de carreira por essa distorção, já que o governo não vem fazendo mais concursos e só apenas terceirizando, não reajusta mais salários conforme o Artigo 37, Inciso 10 da Constituição e, com isso, a maioria dos servidores são pressionados a permanecer mais tempo no serviço público com abono de permanência e outros penduricalhos”.