Guedes debocha de servidores ao anunciar suspensão de reajustes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou na fatídica reunião ministerial de 22 de abril que a suspensão dos reajustes salariais de servidores públicos por dois anos foi uma “granada” colocada pelo governo Jair Bolsonaro “no bolso do inimigo”.
“Todo mundo está achando que, tão distraídos, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamos a granada no bolso do inimigo – dois anos sem aumento de salário”, afirmou Guedes na reunião, cujo o vídeo foi divulgado na última sexta (22) por ordem do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, em inquérito que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Guedes, naquele ponto da reunião, comemorava ter conseguido aproveitar a crise do coronavírus para congelar salários, o que seria a última de três “torres do inimigo”, como descreve o pacote de maldades do governo.
“E estamos agora no meio dessa confusão, derrubando a última, a última torre do inimigo. Que uma coisa é que nós vamos fazer a reconstrução e a nossa transformação econômica. A outra coisa são as torres do inimigo que a gente tinha que derrubar. Uma era o excesso de gasto na Previdência, derrubamos assim que entramos. A segunda torre eram os juros. Os juros tão descendo e vão descer mais ainda”, disse o ministro.
Em encontro por videoconferência com conferência na quinta (21), Bolsonaro pediu o apoio dos governadores para a suspensão dos reajuste de servidores até o fim de 2021. Ele planeja vetar esse ponto no projeto que sancionará de socorro financeiro a estados e municípios.