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Protestos contra Bolsonaro acontecem em várias capitais do país

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Centenas de pessoas participaram do protesto contra o governo Jair Bolsonaro (sem partido) na manhã de sábado (29/05), em Teresina-PI. Participaram da manifestação sindicalistas, representantes de partidos políticos, estudantes e população em geral. A concentração começou por volta de 8h na Praça Rio Branco, no Centro da capital. Em seguida, às 9h30, eles percorreram as principais ruas da região, passando pelo Palácio da cidade, sede da Prefeitura de Teresina, e pelo Palácio de Karnak, sede do Governo do Estado. O protesto foi encerrado no cruzamento da Avenida Frei Serafim com a Rua Coelho de Resende. Os manifestantes reivindicaram a vacina contra a Covid-19, políticas públicas contra o desemprego, a defesa do auxílio emergencial e o repúdio contra a política econômica e as privatizações feitas pelo governo Bolsonaro. “Estamos lutando para que o governo possa apresentar uma política de geração de emprego, de renda, de proteção às pessoas mais humildes. A fome assola e o desemprego está levando o país ao passado, há 20 anos, quando se tinha até estado de desnutrição. Então, hoje, estamos buscando sensibilizar à sociedade que ela pode contribuir nessa luta para derrubar este governo. Na nossa avaliação, não conseguimos progredir com esse governo”, afirmou o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Paulo Bezerra. Além disso, representantes do movimento estudantil participaram da manifestação para reivindicar mais recursos para as universidades públicas. O orçamento do Ministério da Educação (MEC) destinado às universidades federais em 2021 teve redução de 37% nas despesas discricionárias, se comparadas às de 2010 corrigidas pela inflação. Após sucessivos cortes nos orçamentos, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e o Instituto Federal do Piauí (IFPI) informaram que podem ter o funcionamento comprometido. A UFPI tem previsão de redução de mais de R$ 30 milhões este ano. No IFPI, 59% do orçamento da instituição foram bloqueados. "Lutamos contra os cortes nas universidades que o Bolsonaro tem colocado, o sufocamento das instituições, as forçando a fecharem, elas que são as principais pesquisadoras e interessadas a produzir uma saída do país da pandemia", relatou a estudante Brenda Marques, representante do coletivo Afronte. Outras Capitais Balanço divulgado no final do dia pelos organizadores dos protestos apontou que 213 cidades brasileiras dos 26 estados, do Distrito Federal e 14 no mundo participaram das manifestações. A estimativa é que 420 mil pessoas protestaram contra o descaso que já matou 461 mil pessoas, contra a falta de vacinas para combater a covid-19, a fome, o desemprego, os ataques aos indígenas, aos negros e ao meio ambiente. No Recife (PE), o ato foi reprimido pela Polícia Militar com uso de balas de borracha e gás lacrimogênio. A vereadora Liana Cirne (PT) foi agredida com spray de pimenta e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse que o comandante e demais policiais envolvidos na agressão serão afastados de suas funções e investigados. Em São Paulo (SP), os manifestantes se reuniram na Avenida Paulista e chegaram a ocupar dez quarteirões da via, num protesto que terminou sem registros de violência. No Rio de Janeiro (RJ), o protesto começou já de manhã na região central, com início aos pés da estátua de Zumbi de Palmares, na Praça Mauá, e uma caminhada pela Avenida Presidente Vargas, em direção à Candelária. No fim de semana anterior, a capital fluminense foi palco de uma "motocada" com a participação de Bolsonaro e do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, que participaram da aglomeração sem máscaras. Neste sábado, nos protestos contrários ao governo, o uso do equipamento de proteção foi disseminado entre a maioria dos participantes, mas momentos de aglomeração foram registrados. Na capital federal, os manifestantes se concentraram pela manhã próximo ao Museu Nacional da República e depois caminharam pela Esplanada dos Ministérios, rumo ao Congresso Nacional, ocupando todas as seis faixas da via.